200 anos de Braille
Um sistema fundamental para a acessibilidade nos elevadores.
03 Jul 2024
O Braille é um método de leitura e escrita tátil para pessoas cegas ou com deficiência visual. Utiliza combinações de pontos em relevo dispostos em células de duas colunas e três linhas para representar letras, números, sinais de pontuação, símbolos matemáticos e científicos, proporcionando assim um meio de comunicação acessível e eficaz.
Uma história de superação e adaptação a circunstâncias adversas, que não só melhorou a vida de um jovem cego, como transformou o quotidiano de milhões de pessoas cegas e com deficiência visual em todo o mundo.
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História
Louis Braille nasceu em França em 1809. Aos 3 anos de idade, sofreu um acidente com um furador utilizado pelo pai para furar o couro na oficina da família. Passado algum tempo, esse olho ficou tão infetado que a infeção se espalhou para o outro olho, fazendo com que ficasse completamente cego aos 5 anos de idade. Mas isso nunca o impediu. Sempre demonstrou uma inteligência e determinação excepcionais, o que o levou ao Instituto Nacional dos Jovens Cegos em Paris.
Aí conheceu Charles Barbier, um oficial do exército francês que introduziu na escola a escrita nocturna. Este tipo de escrita destinava-se a fins mais tácticos, uma vez que se destinava a permitir que os soldados comunicassem sem som e sem luz no campo de batalha. No entanto, este sistema apresentava algumas lacunas em termos de utilidade para o ensino destes jovens: não tinha letras maiúsculas e minúsculas e a sua escrita era muito complexa.
O Braille, por outro lado, viu nisso uma oportunidade. Tendo uma base de partida, trabalhou incansavelmente até que, aos 15 anos, completou o sistema que hoje conhecemos: a combinação de pontos em relevo organizados em células de 2 colunas e 3 linhas.
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Braille nos elevadores
Um passo fundamental a favor da inclusão e da acessibilidade.
Os elevadores tornaram-se elementos-chave dos edifícios, tanto residenciais como comerciais, e evoluíram significativamente para incluir uma variedade de características que promovem a inclusão e a acessibilidade das pessoas.
Este sistema não só garante que as pessoas com deficiência visual possam deslocar-se nos edifícios de forma autónoma, como também o podem fazer com maior segurança e conforto. Graças ao Braille, é possível indicar os pisos, a abertura e o fecho das portas ou o alarme de emergência.
Os avanços tecnológicos permitiram uma integração mais eficaz e estética do Braille nos elevadores. Os fabricantes de elevadores, como a Orona, desenvolveram botões com inscrições em Braille que são duráveis e fáceis de ler pelo tato. Além disso, a localização e o design dos botões são cuidadosamente planeados para garantir que são facilmente acessíveis a todos os utilizadores.
